A pessoa tece uma ideia completamente errada, mas esteticamente bela e a adota como uma filha. Essa ideia cresce bem mimada, ganha novas amigas iguais e segue sendo-se. Ao chegar à vida adulta, sofre bullying pesado das outras ideias mais maduras até sair correndo para os braços de quem a fez, que a protege como uma leoa independente dela ser quem é. Um dia, essa ideia fica cansada, doente, abandonada e acaba morrendo, mas a sua dona prossegue carregando-a entre os braços e, batendo com ela entre os peitos loucamente, cisma que ela ainda está viva. Essa pessoa, no fundo, sabe que ela não vive mais, mas o seu orgulho não permite que se contradiga. Assim, a ideia morta apodrece e pode ser descartada junto de sua criadora dotada de um amor ao erro irracionalmente incondicional, puro, cru e inconsequente, mas não antes de saber que está adotando outro erro recém-nascido e ainda mais bonito.