A pessoa tece uma ideia completamente errada, mas esteticamente bela e a adota como uma filha. Essa ideia cresce bem mimada, ganha novas amigas iguais e segue sendo-se. Ao chegar à vida adulta, sofre bullying pesado das outras ideias mais maduras até sair correndo para os braços de quem a fez, que a protege como uma leoa independente dela ser quem é. Um dia, essa ideia fica cansada, doente, abandonada e acaba morrendo, mas a sua dona prossegue carregando-a entre os braços e, batendo com ela entre os peitos loucamente, cisma que ela ainda está viva. Essa pessoa, no fundo, sabe que ela não vive mais, mas o seu orgulho não permite que se contradiga. Assim, a ideia morta apodrece e pode ser descartada junto de sua criadora dotada de um amor ao erro irracionalmente incondicional, puro, cru e inconsequente, mas não antes de saber que está adotando outro erro recém-nascido e ainda mais bonito.
(um pouco dos meus...)
4 de dezembro de 2012
27 de setembro de 2012
Uma pessoa que...
Que eu possa almoçar de vez em quando sem grandes esforços.
Que eu possa apresentar pros meus amigos sem me sentir envergonhada.
Que eu possa levar uma conversa sem precisar beijá-lo pra que ele cale a boca.
Que eu não consiga levar uma conversa porque preciso beijá-lo.
Que ria das minhas piadas.
Que entenda as minhas piadas.
Que não reclame das minhas bebidas.
Que não reclame dos meus horários.
Que goste de comer.
E mais importante, que goste de me comer.
Situações
Situação número um:
É a que acabou de começar.
Mas evidentemente é tarde demais.
Situação número dois:
É a sua única chance.
Mas é controlada por residentes do ódio
Situação número três:
É a única que ninguém vê.
É tudo também, frequentemente, dispensado como o destino.
Situação número quatro
É a que deixa você querendo mais.
Tentou você com uma isca.
É a que acabou de começar.
Mas evidentemente é tarde demais.
Situação número dois:
É a sua única chance.
Mas é controlada por residentes do ódio
Situação número três:
É a única que ninguém vê.
É tudo também, frequentemente, dispensado como o destino.
Situação número quatro
É a que deixa você querendo mais.
Tentou você com uma isca.
11 de junho de 2012
He's fine?
I need tell you something...
Á pouco tempo atrás, pouquíssimo mesmo, me desconheci por completo.
Não acho mais as palavras...
Não acho mais respostas.
Não quero mais ir embora.
Não quero mais me aventurar. Hora, com as pessoas.
Não quero mais “voar”.
Não quero mais “viajar”.
Não sei mais o porquê de muitas coisas que antes eram simples.
Á pouco tempo atrás, pouquíssimo mesmo, me conheci de novo.
Encontrei sentimentos.
Encontrei luz.
Quero ficar.
Quero experimentar.
Quero andar. Hora, pra frente.
Quero explorar. Hora, a pessoa. (Sim, no singular) Quero sentir coisas de verdade. Coisas reais.
Estou em milhares de cacos.
But... I need asking you something very, very important: He’s fine? :)
Á pouco tempo atrás, pouquíssimo mesmo, me desconheci por completo.
Não acho mais as palavras...
Não acho mais respostas.
Não quero mais ir embora.
Não quero mais me aventurar. Hora, com as pessoas.
Não quero mais “voar”.
Não quero mais “viajar”.
Não sei mais o porquê de muitas coisas que antes eram simples.
Á pouco tempo atrás, pouquíssimo mesmo, me conheci de novo.
Encontrei sentimentos.
Encontrei luz.
Quero ficar.
Quero experimentar.
Quero andar. Hora, pra frente.
Quero explorar. Hora, a pessoa. (Sim, no singular) Quero sentir coisas de verdade. Coisas reais.
Estou em milhares de cacos.
But... I need asking you something very, very important: He’s fine? :)
7 de junho de 2012
Breves conclusões sobre mim mesma.
Com o tempo e algumas boas horas e meses e dias e anos gastos percebendo e entrando cada vez mais para o lado de dentro, eu reparei…
Sou teimosa como minha avó, de humor instável como minha mãe, egocêntrica como meu avô e melancólica como meu pai.
(E do fundo do coração espero, um dia, poder ser generosa como minha avó, doce como minha mãe, paciente como meu avô e talentosa como meu pai.)
16 de janeiro de 2012
Sobre-tudo
Amanhã vai chover.
A temperatura vai estar agradável.
Umidade do ar, obviamente, alta.
Tudo vai estar chapado de branco, luz suave sobre tudo, sobretudo.
Nesses dias que não têm sombra eu encontro alguma coisa, ao passo que, felizmente, a chuva leva muitas outras.
A temperatura vai estar agradável.
Umidade do ar, obviamente, alta.
Tudo vai estar chapado de branco, luz suave sobre tudo, sobretudo.
Nesses dias que não têm sombra eu encontro alguma coisa, ao passo que, felizmente, a chuva leva muitas outras.
A mudança é algo contínuo
Vira e mexe eu perco o sono. Os pensamentos correm soltos.
Geralmente é quando estou feliz, ou planejando algo – quando isso acontece e eu estou triste, eu não chamo de insônia, mas de inferno.
São muitas coisas na cabeça. As mudanças todas que estão acontecendo e que vão acontecer, as expectativas, a cor do meu cabelo, o meu banheiro que precisa ser limpo, a quantidade de backups que eu tenho que fazer no trabalho, a minha cortina úmida porque deixei a janela aberta e choveu, a depilação que precisa necessariamente acontecer no sábado ou estou arruinada, meus bichos de pelúcia, a saudade gostosa dele, a fome que eu estou começando a sentir agora e o chocolate na minha mochila, a sensação de que minha casa continua lotada de coisas, a sensação de que eu tenho que mandar mais coisas velhas embora, músicas que eu não consigo parar de ouvir, desenhos e rabiscos no meu caderno, fotos, referências, cheiros, pessoas que nunca acabaram, pessoas que tinham acabado antes mesmo de começar, amigos, as coisas que preciso mudar em mim, tudo isso gira e volta na minha mente, mas ao mesmo tempo, como uma breve pausa, mas cheia de barulho.
Um barulho bom, no fim de tudo.
Depois que você percebe que a mudança é algo contínuo, e não um objetivo a ser alcançado com começo-meio-fim, você percebe que está, no fundo, tudo bem.
Mesmo que eu não consiga ser quem eu quero ser o tempo todo, a temperatura continua mudando lá fora, o meu cabelo cresce, os metrôs e trens e ônibus enchem e esvaziam, as ruas esburacam e são recapeadas, os unicsulistas entram e se formam, a maria antonia dorme e acorda.
E as horas? Bom… não me resta nada a não ser confiar nelas: foram elas que me trouxeram até aqui.
Geralmente é quando estou feliz, ou planejando algo – quando isso acontece e eu estou triste, eu não chamo de insônia, mas de inferno.
São muitas coisas na cabeça. As mudanças todas que estão acontecendo e que vão acontecer, as expectativas, a cor do meu cabelo, o meu banheiro que precisa ser limpo, a quantidade de backups que eu tenho que fazer no trabalho, a minha cortina úmida porque deixei a janela aberta e choveu, a depilação que precisa necessariamente acontecer no sábado ou estou arruinada, meus bichos de pelúcia, a saudade gostosa dele, a fome que eu estou começando a sentir agora e o chocolate na minha mochila, a sensação de que minha casa continua lotada de coisas, a sensação de que eu tenho que mandar mais coisas velhas embora, músicas que eu não consigo parar de ouvir, desenhos e rabiscos no meu caderno, fotos, referências, cheiros, pessoas que nunca acabaram, pessoas que tinham acabado antes mesmo de começar, amigos, as coisas que preciso mudar em mim, tudo isso gira e volta na minha mente, mas ao mesmo tempo, como uma breve pausa, mas cheia de barulho.
Um barulho bom, no fim de tudo.
Depois que você percebe que a mudança é algo contínuo, e não um objetivo a ser alcançado com começo-meio-fim, você percebe que está, no fundo, tudo bem.
Mesmo que eu não consiga ser quem eu quero ser o tempo todo, a temperatura continua mudando lá fora, o meu cabelo cresce, os metrôs e trens e ônibus enchem e esvaziam, as ruas esburacam e são recapeadas, os unicsulistas entram e se formam, a maria antonia dorme e acorda.
E as horas? Bom… não me resta nada a não ser confiar nelas: foram elas que me trouxeram até aqui.
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