Eu sentia muita falta daquilo, mas não sabia como agir.
Tudo caiu na minha cabeça e eu não podia pensar.
A culpa não foi minha, disso eu tenho certeza.
Eu perguntei por aí se havia algo errado comigo.
A pressão era tanta, a agonia enorme e a dúvida massacrante.
O arrependimento latejava.
Eu podia ter passado os dias saindo só com umas amigas.
Mas claro que eu preferi mergulhar no passado e tentar recuperar o tempo perdido, tentando mudar tudo que eu errei quando saí correndo.
Dessa vez eu não saí correndo, fiz o possível pra ser agradável, o possível pra ser fatal, falei tudo o que vinha na cabeça sem parecer neurótica e o quanto me arrependia de certas coisas, contei tudo, o fiz rir, o fiz pensar, o fiz se aproximar de um eu que eu nem imaginava que existia.
Eu fui perfeita.
E ele correu.