19 de março de 2011

2008

Eu sentia muita falta daquilo, mas não sabia como agir.

Tudo caiu na minha cabeça e eu não podia pensar.

A culpa não foi minha, disso eu tenho certeza.

Eu perguntei por aí se havia algo errado comigo.

A pressão era tanta, a agonia enorme e a dúvida massacrante.

O arrependimento latejava.

Eu podia ter passado os dias saindo só com umas amigas.

Mas claro que eu preferi mergulhar no passado e tentar recuperar o tempo perdido, tentando mudar tudo que eu errei quando saí correndo.

Dessa vez eu não saí correndo, fiz o possível pra ser agradável, o possível pra ser fatal, falei tudo o que vinha na cabeça sem parecer neurótica e o quanto me arrependia de certas coisas, contei tudo, o fiz rir, o fiz pensar, o fiz se aproximar de um eu que eu nem imaginava que existia.

Eu fui perfeita.

E ele correu.