2010, o ano em que perdi as pessoas mais importantes da minha vida. Motivo? não era recíproco. Ninguém ama de longe. não era amor, só isso. Não da minha parte. Da parte delas.
O amor passa por cima das pequenices para dar lugar a coisas mais importantes. Como uma amizade de anos, por exemplo. Que se reduz a um ou dois beijos trocados num fim de semana tresloucado. Que se reduz a nada. E é como você se sente depois… um vazio imenso.
E quando tá vazio a gente quer mesmo é preencher. E vai adicionando diversos sentimentos só para parecer que tá acontecendo alguma coisa ali. Mas nada acontece. Porque quando tá vazio mesmo, a única coisa que preenche é a solidão.
Aprendi que pessoas são como roupas. A gente usa conforme tem necessidade. Tá frio? põe um casaco. Tá calor, põe uma regata. Quer namorar? Encontre alguém que queira. Quer dar uns pegas? Encontre alguém que esteja disposto a isso. E quando um não quer, nesse caso, os dois brigam.
E a distância é só uma certeza. De que o final seria aquilo mesmo. De que a importância e o ego sobressairam a humildade e o carinho. Não foi fácil ficar sem você. Alguns enjoos e um pouco de vômito me acompanharam no início, mas depois só sobrou a mágoa. E em seguida inveja.
Mágoa por ter desistido tão rápido de mim.
E inveja por ter conseguido.