Gargalhadas, daquelas que o estômago dói, que você chora e perde o ar, são raras. Só algumas pessoas são capazes de me fazer rir desse jeito, e no último um mês e meio eu tive o prazer de rir freneticamente quase todos os dias proletários da semana.
Hoje o meu sorriso pediu demissão, mas está tudo bem.
O futuro é sempre melhor.
(vai que vai, Valentino)
3 de novembro de 2011
O (fim) meio
O palhaço volta pra casa de madrugada pelo canto da calçada, devagarinho, pra ninguém ouvir.
Com o estômago cheio de comprimidos e tristeza e as roupas desbotadas, a costura arrebentada - cedendo.
Ele está cedendo.
E faz uma prece sem crer, troca as palavras, engole a língua.
Sem peruca assim parece mortal. Como um passarinho velho e molhado. Encolhido e feio.
Desfigurado. Desgraçado.
Auto-irônia.
Preferia ter sido pintor. Mas não foi.
E já foi. Se fodeu, Seu Palhaço.
Acabou seu tempo.
Adeus.
Porque você não gritou quando ainda tinha voz, hein?
Agora morra em silêncio. E sozinho. E aqui.
-Eu nunca te (me) amei mesmo.
Com o estômago cheio de comprimidos e tristeza e as roupas desbotadas, a costura arrebentada - cedendo.
Ele está cedendo.
E faz uma prece sem crer, troca as palavras, engole a língua.
Sem peruca assim parece mortal. Como um passarinho velho e molhado. Encolhido e feio.
Desfigurado. Desgraçado.
Auto-irônia.
Preferia ter sido pintor. Mas não foi.
E já foi. Se fodeu, Seu Palhaço.
Acabou seu tempo.
Adeus.
Porque você não gritou quando ainda tinha voz, hein?
Agora morra em silêncio. E sozinho. E aqui.
-Eu nunca te (me) amei mesmo.
Mastigar e cuspir de volta
Cansei das minhas palavras gastas.
De mim tão redundante.
Dessa cópia barata de mim mesma reproduzida um milhão de vezes igual igual e de novo...
Não sei.
É só que parece que não consigo mais escrever as coisas.
Talvez seja só o frio.
Espero que não seja apatia à vida. Tudo, menos apatia.
Morro de medo de perder a capacidade de contemplação.
Parece que algo já se perdeu. Talvez tenha sido a sorte.
Mala suerte.
(Queria deitar de novo no seu colo. Sentir seu cheiro. Cheiro de frio. Cheiro de Campos... e dormir em paz)
De mim tão redundante.
Dessa cópia barata de mim mesma reproduzida um milhão de vezes igual igual e de novo...
Não sei.
É só que parece que não consigo mais escrever as coisas.
Talvez seja só o frio.
Espero que não seja apatia à vida. Tudo, menos apatia.
Morro de medo de perder a capacidade de contemplação.
Parece que algo já se perdeu. Talvez tenha sido a sorte.
Mala suerte.
(Queria deitar de novo no seu colo. Sentir seu cheiro. Cheiro de frio. Cheiro de Campos... e dormir em paz)
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